O ano de 2018 pode não ter sido o melhor para as indústrias têxteis, mas o panorama está prestes a mudar para 2019.
Isso porque a recente queda de 1,6% do setor, registrada no último ano, pode ser agraciada com um crescimento de 3% ao longo dos próximos 12 meses.
Ou seja: um sinal de retomada, mesmo após os desafios aplicados à rotina das indústrias têxteis, como o término de milhares de postos de trabalho e a queda nas importações, segundo os dados compartilhados pela Abit, em coletiva de imprensa.
Vamos ver, então, quais são as perspectivas para o setor, e como as indústrias têxteis podem ser fortalecidas ao longo do ano? Confira!
Como foi o mercado para as indústrias no ano de 2018?
Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), orienta os empreendedores a respeito das projeções otimistas:
“Os projetos para impulsionar o setor previstos para o ano que vem e a possibilidade de aprovação de reformas no campo tributário apontam para um 2019 de retomada da confiança e de emprego e equilíbrio das contas públicas”.
O espírito de retomada tem explicação: em 2018, as indústrias têxteis recuaram em 17,2% no número de empresas — são 27 mil indústrias no país. Foram, também, reduzidos 5,3% cargos no setor.
Ainda que o Brasil não seja um grande expoente — é o 41º exportado, ao redor do globo — para o mercado internacional, os números apontaram desafios a serem superados.
Quais são os principais desafios das indústrias têxteis?
A volatilidade do câmbio é um dos principais, para os empreendimentos que lidam diretamente com moedas estrangeiras. Mas um primeiro ano de renovação política tem deixado os especialistas mais otimistas para os anos seguintes, como veremos adiante.
Além disso, as empresas estão em busca de novos estímulos para a obtenção de crédito. Algo que serve para recuperar os postos de trabalho fechados, no ano anterior, e gerar novos investimentos e, assim, aumentar a lucratividade.
Quais são as perspectivas para o ano de 2019?
“Podemos estimar que o faturamento vai crescer em torno de 7%, considerando a produção física e evolução dos preços, levando em conta a inflação projetada. Se não houver nova pressão de custos, será possível melhorar a rentabilidade das empresas, para que fiquem mais saudáveis para investir” afirma Fernando Pimentel.
E não para por aí: de acordo com a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), uma das indústrias têxteis, o mercado de moda deve crescer bastante até o ano de 2021.
Explicando: as vendas para o exterior estão com projeções otimistas dos especialistas: crescimento de 4%. O mercado interno é que está sendo considerado com mais cautela, tendo prevista uma queda de 5,5%.
Quais são os desafios para cumprir as perspectivas?
Um dos desafios a serem trabalhados é o excedente — por exemplo: mais algodão nas lavouras, mas com um imenso volume estagnado. Soma-se a isso o esfriamento das importações, e temos uma equação de difícil resolução até o momento.
“Isso deve acarretar maior tempo para a exportação, além da necessidade de armazenamento de parte desse algodão nas fazendas. Com certeza, também deverá impactar os custos do frete marítimo” aponta o vice-presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antônio Aluísio.
Por sua vez, há grande interesse em relações exteriores. Especialmente, com a China, que já sinalizou o interesse de investir pesado no Brasil ao longo dos próximos 5 anos.
Quer saber, agora, se as indústrias têxteis estão preparadas para dar um novo salto de crescimento identificando e aproximando-se dos seus consumidores ideais? Então, dê uma lida em nosso artigo que explica o relevante papel do marketing 4.0 nesse processo!
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